Vale a pena comprar ações da Rio Tinto em 2026? Guia de ações da RIO
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Vale a pena comprar ações da Rio Tinto em 2026? Guia de ações da RIO

Publicado em: 2025-12-26

As ações da Rio Tinto (NYSE: RIO) estão cotadas a cerca de US$ 80,97 por ADR (American Depositary Receipt) e continuam sendo uma das formas mais líquidas do mercado de obter exposição aos fluxos de caixa do minério de ferro, além de agregar valor significativo aos volumes de cobre, alumínio e lítio emergentes.


A viabilidade da compra de ações da Rio Tinto em 2026 depende da capacidade da empresa de manter os volumes de minério de ferro de Pilbara, converter o aumento da produção de cobre em fluxo de caixa livre e manter o retorno para os acionistas estável após um aumento na dívida líquida. A empresa já divulgou suas projeções de produção e investimentos para 2026, incluindo produção de cobre entre 800 e 870 mil toneladas, vendas em Simandou entre 5 e 10 milhões de toneladas (base 100%) e investimentos de até aproximadamente US$ 11 bilhões.


Configuração de 2026 para o estoque do Rio

As projeções para 2026 apontam para uma composição de lucros mais diversificada

A Rio Tinto inicia 2026 com uma mudança mais clara em seu mix de produtos do que em ciclos anteriores. As projeções indicam que os embarques em Pilbara se manterão estáveis entre 323 e 338 milhões de toneladas (base 100%), enquanto as vendas totais de minério de ferro subirão para 343 a 366 milhões de toneladas, com novas contribuições de Simandou (5 a 10 milhões de toneladas) e maiores volumes de minério de ferro provenientes de empresas petrolíferas internacionais.


A produção de cobre está prevista entre 800 e 870 kt, e o lítio aparece pela primeira vez na previsão para 2026, com uma produção estimada entre 61 e 64 kt de LCE (equivalente em lítio-combustível).

RioTinto stock today

Essa combinação é importante porque o perfil de lucros da Rio Tinto passa a estar menos atrelado ao preço de uma única commodity e mais ligado à execução em diversos grandes sistemas: minas de substituição em Pilbara, aumento da produção subterrânea na Mongólia e a fase inicial de construção do complexo logístico de Simandou. Os investidores devem considerar 2026 como um “ano de execução”, e não como um “ano de preço único”.


A força dos dividendos é impulsionada por políticas, não por promessas

A estrutura de dividendos da Rio Tinto visa atingir entre 40% e 60% dos lucros subjacentes ao longo do ciclo. Essa política tem gerado pagamentos expressivos em cenários de preços elevados e pagamentos menores quando os preços ou volumes das commodities enfraquecem.


Para contextualizar, a Rio Tinto reportou um dividendo ordinário anual de US$ 6,5 bilhões, com um índice de distribuição de 60%, referente aos seus resultados de 2024. No primeiro semestre de 2025, a Rio Tinto declarou um dividendo ordinário provisório de US$ 2,4 bilhões, com um índice de distribuição de 50%. A implicação prática para um debate sobre a compra de ações em 2026 é simples: os investidores devem basear seus investimentos em dividendos no potencial de geração de lucros e na capacidade do balanço patrimonial, e não apenas no rendimento dos últimos 12 meses.


A dívida líquida é maior, portanto a conversão de caixa importa mais

A Rio Tinto encerrou o primeiro semestre de 2025 com uma dívida líquida de US$ 14,6 bilhões, um aumento em relação ao final de 2024. A empresa atribuiu esse aumento à conclusão da aquisição da Arcadium. Uma dívida líquida maior não enfraquece automaticamente a tese de investimento nas ações da Rio Tinto, mas altera a forma como o mercado as recompensa.


Quando a alavancagem aumenta, o mercado normalmente se concentra mais em: (1) custos unitários, (2) disciplina de capital de giro e (3) se o investimento em crescimento permanece dentro do limite estabelecido. A previsão de investimento da Rio Tinto para 2026 é de aproximadamente US$ 11 bilhões, com uma ambição de médio prazo (2028+) de até US$ 10 bilhões, à medida que os principais projetos forem concluídos.


O minério de ferro continua a ser o preço mínimo das ações da Rio Tinto

Mesmo com um portfólio mais diversificado, o minério de ferro continua sendo o principal fator de geração de lucros. No primeiro semestre de 2025, a Rio Tinto reportou um preço médio realizado do minério de ferro na região de Pilbara (FOB) de US$ 89,7/dmt, uma queda de 15% em relação ao ano anterior, e vinculou explicitamente o impacto negativo nos lucros do período a um cenário de preços mais baixos do minério de ferro.


A demanda ainda está intimamente ligada ao consumo global de aço. A Associação Mundial do Aço projeta uma demanda global de aço de cerca de 1.749 milhões de toneladas em 2025 (estável em relação a 2024) e uma recuperação de 1,3% para cerca de 1.773 milhões de toneladas em 2026 (worldsteel.org). Uma recuperação modesta da demanda é útil, mas não garante preços mais altos do minério se o crescimento da oferta superar esse aumento.


O cobre é o diferencial para 2026

O cobre está se tornando cada vez mais o "fator decisivo" nas perspectivas das ações da Rio Tinto. A empresa revisou para cima sua projeção de produção de cobre para 2025, para 860-875 kt, e reduziu sua projeção de custo unitário para 80-100 centavos de dólar por libra, estabelecendo sua projeção para 2026 em 800-870 kt.


Esta é a perspectiva analítica singular para 2026: a Rio Tinto não precisa de uma cadeia de produção de minério de ferro perfeita para operar, desde que os volumes de cobre se mantenham estáveis e os custos unitários controlados. Uma mineradora que consegue aumentar a produção de cobre, mantendo os investimentos de capital sob controle, tende a obter um múltiplo de qualidade superior ao de uma mineradora que se baseia apenas na valorização do minério de ferro.


Análise dos fundamentos das ações da Rio Tinto para investidores

A combinação de segmentos mostra por que a história mudou

O desempenho da Rio Tinto no primeiro semestre de 2025 ilustra a mudança de portfólio. A empresa reportou uma divisão subjacente do EBITDA que mostrou minério de ferro US$ 6,7 bilhões, alumínio US$ 2,4 bilhões, cobre US$ 3,1 bilhões e minerais US$ 0,3 bilhão para o semestre. [1] Isso é importante para a avaliação porque reduz a probabilidade de que uma única queda no preço de uma commodity elimine toda a geração de caixa do ano.


O mesmo comunicado destaca que o crescimento da produção equivalente de cobre sustentou os volumes e a composição, compensando a queda nos preços do minério de ferro. Para uma decisão de compra em 2026, os investidores devem observar se esse "efeito compensatório" persiste em um ano com clima normalizado na região de Pilbara.


A disciplina nos investimentos de capital é o fator oculto que impulsiona o retorno por ação

As projeções da Rio Tinto sugerem que os investimentos continuarão elevados em 2026, com grandes projetos ainda em andamento. A questão crucial é se esses gastos se traduzirão em volumes maiores e de menor custo, em vez de simplesmente na reposição de jazidas esgotadas.


A atualização para investidores da empresa, de dezembro de 2025, descreve explicitamente a queda dos investimentos de capital (capex) no médio prazo para níveis inferiores aos anteriores, à medida que as principais obras forem concluídas (incluindo a mina subterrânea de Oyu Tolgoi, Simandou e os projetos de lítio). Se a Rio Tinto seguir essa trajetória, o mercado normalmente recompensa a combinação de investimentos de capital estabilizados e aumento da produção com retornos de caixa mais robustos.


Fatores que impulsionarão o mercado de commodities até 2026

A demanda por aço deverá apresentar uma leve melhora

O indicador público mais útil da demanda por minério de ferro é o consumo de aço. A previsão da Associação Mundial do Aço para 2026 indica uma recuperação moderada, e não um boom. Isso aponta para um cenário em que, em 2026, os preços provavelmente serão impulsionados tanto pelo aumento da oferta e pelos ciclos de reposição de estoques quanto pelo crescimento da demanda.


Para as ações da Rio Tinto, a questão de investimento passa a ser: os embarques em Pilbara permanecerão confiáveis e a Rio conseguirá evitar o aumento de custos durante as transições para a substituição de minas? Volumes estáveis com custos unitários estáveis podem proteger as margens mesmo quando os preços do minério não estão subindo.


A precificação dos metais básicos possui suporte estrutural

A análise do Banco Mundial do final de 2025 aponta para uma recuperação dos metais básicos em 2026-2027, com o seu índice de preços de metais básicos a subir quase 2% nesse período, e o cobre a ser um dos metais com melhor desempenho. [2]


Isso é relevante porque a projeção da Rio Tinto para o cobre agora é grande o suficiente para impactar os resultados consolidados, enquanto o alumínio e a bauxita fornecem suporte adicional. Um cenário em 2026 com demanda estável por aço, mas com preços firmes para metais básicos, seria tipicamente construtivo para mineradoras diversificadas em comparação com produtoras focadas exclusivamente em minério de ferro.


O lítio é opcional, ainda não é o principal fator de avaliação

A previsão da Rio para 2026 inclui 61-64 kt de LCE. [3] Isso é significativo operacionalmente, mas ainda é improvável que o lítio domine os lucros do grupo em 2026, a menos que os preços disparem ou as margens superem as expectativas.


A maneira mais realista de abordar o lítio em uma previsão para as ações da Rio Tinto é como uma "alavanca de crescimento futuro" que pode melhorar a visão do mercado sobre a relevância da Rio Tinto a longo prazo, especialmente se a execução for impecável e a intensidade de capital permanecer controlada.


Previsão para as ações da Rio: três cenários para 2026

A previsão das ações da Rio Tinto é mais eficaz quando feita com cenários atrelados a preços, volumes e custos de commodities, em vez de uma meta pontual.

Cenário de 2026 Cenário operacional O que geralmente acontece com as ações da RIO
Caso do Touro Minério de ferro estável a firme, cobre permanece forte, embarques em Pilbara atingem a metade superior da previsão, custos permanecem controlados. Maior qualidade dos lucros, aliada à confiança nos dividendos, normalmente sustenta uma reavaliação e um retorno total mais robusto.
Caso base Minério de ferro com preços estáveis, cobre com desempenho favorável, porém volátil, volumes próximos aos pontos médios, investimentos dentro das projeções. Os retornos tendem a acompanhar os dividendos mais ganhos modestos no preço das ações; a avaliação permanece ancorada na sustentabilidade do fluxo de caixa.
Caso do Urso Minério de ferro em baixa, cobre em queda, condições climáticas ou interrupções operacionais reduzem os volumes, custos unitários aumentam. Os dividendos geralmente se comprimem com os lucros; as ações frequentemente se desvalorizam até que as margens e os volumes se estabilizem.

Uma conclusão prática: 2026 parece menos um "ano decisivo para o minério de ferro" e mais um ano em que a execução das operações com cobre e a disciplina nos investimentos podem proteger o patrimônio líquido, mesmo que o minério de ferro não esteja liderando o mercado.


Riscos que podem comprometer a tese de compra

As ações da Rio Tinto apresentam riscos cíclicos e de projeto reais. Os riscos de maior impacto para 2026 normalmente incluem:


  • Queda acentuada nos preços do minério de ferro: Uma queda brusca nos preços realizados pode comprometer a diversificação.

  • Volatilidade ligada à China: A demanda por aço e os ciclos de reabastecimento podem oscilar rapidamente, impactando os preços do minério transportado por via marítima.

  • Riscos de execução em projetos de crescimento: Atrasos na logística e no comissionamento podem aumentar os investimentos de capital ou atrasar o volume de produção.

  • Inflação de custos: Os preços da mão de obra, do diesel e dos empreiteiros podem aumentar os custos unitários, especialmente durante a construção de novas minas para substituição.

  • Sensibilidade do balanço patrimonial: Um endividamento líquido mais elevado aumenta o foco do mercado na conversão de caixa e na disciplina de financiamento.


Como os investidores avaliam se as ações da Rio Tinto são uma boa compra em 2026

Uma decisão de compra bem fundamentada geralmente se baseia em uma lista de verificação simples:


  • Compare as projeções com a entrega: observe as tendências trimestrais de remessas e custos em relação às faixas estabelecidas para 2026.

  • Acompanhe a capacidade de pagamento de dividendos: vincule os pagamentos esperados à meta de 40-60% e ao balanço patrimonial, e não apenas ao rendimento dos últimos 12 meses.

  • Realizar um teste de estresse no setor de minério de ferro: assumir um cenário de minério mais fraco e verificar se o cobre e o alumínio conseguem manter o fluxo de caixa livre positivo.

  • Fique de olho no aumento gradual dos investimentos de capital: o cenário otimista se fortalece se os investimentos de capital permanecerem dentro das projeções, enquanto os volumes aumentam.


Perguntas frequentes sobre as ações da Rio Tinto

1. As ações da Rio Tinto são um bom investimento a longo prazo para dividendos?

As ações da Rio Tinto são frequentemente vistas como uma opção de dividendos, pois a empresa busca um retorno total em caixa de 40% a 60% dos lucros subjacentes ao longo do ciclo. Os dividendos podem ser altos em anos de alta nos preços das commodities e menores em anos de baixa, portanto, os investidores focados em renda devem estar cientes da volatilidade.


2. Qual é a previsão para as ações da Rio Tinto em 2026?

Uma previsão útil para as ações da Rio Tinto é baseada em cenários. Se o minério de ferro se mantiver estável e os volumes de cobre atingirem as metas, os dividendos e a valorização da ação podem permanecer firmes. Se o minério de ferro sofrer uma forte queda ou os custos aumentarem, os pagamentos normalmente diminuem e a ação pode se desvalorizar.


3. Por que o cobre é tão importante para as ações da RIO agora?

A Rio Tinto divulgou uma projeção robusta para a produção de cobre em 2025 e 2026, visando reduzir os custos unitários e, consequentemente, aumentar a contribuição do cobre para a qualidade dos resultados do grupo. Um cenário favorável para o cobre pode compensar condições mais desfavoráveis para o minério de ferro, especialmente quando os volumes aumentam e os custos diminuem.


4. Qual a importância de Simandou para as ações da Rio Tinto em 2026?

Simandou aparece nas projeções da Rio Tinto para 2026 com uma produção estimada entre 5 e 10 milhões de toneladas (base 100%), o que a torna mais relevante do que em anos anteriores. Em 2026, o projeto concentra-se mais na execução e na disciplina de aumento da produção do que na obtenção de lucros imediatos, mas ainda assim pode influenciar o sentimento do mercado.


5. Um aumento da dívida líquida altera a tese de investimento da RIO?

Uma dívida líquida maior não enfraquece automaticamente a proposta, mas eleva o patamar de exigência para sua execução. Investidores tendem a exigir um controle mais rigoroso dos investimentos de capital, custos unitários estáveis e um forte fluxo de caixa operacional quando a alavancagem aumenta. A Rio Tinto reportou uma dívida líquida de US$ 14,6 bilhões em meados de 2025.


Conclusão

As ações da Rio Tinto em 2026 se encontram na interseção entre a estabilidade da produção de minério de ferro e a crescente influência do cobre. A projeção divulgada pela empresa para 2026 torna essa situação mais mensurável: os investidores podem acompanhar os volumes, os investimentos e a composição da produção trimestre a trimestre, em vez de depender de uma única previsão macroeconômica.


A perspectiva de "compra" é mais forte quando o minério de ferro se mantém estável, os volumes e custos do cobre melhoram e o investimento de capital permanece dentro das projeções, pois essa combinação sustenta tanto os dividendos quanto a avaliação da empresa. Uma visão cautelosa se justifica se o minério de ferro sofrer uma forte desvalorização, os custos subirem ou houver atrasos na execução de grandes projetos, especialmente com o endividamento líquido elevado em comparação com anos anteriores.


Aviso: Este material destina-se apenas a fins informativos gerais e não constitui (nem deve ser considerado como) aconselhamento financeiro, de investimento ou de qualquer outra natureza que deva ser levado em consideração. Nenhuma opinião expressa neste material constitui uma recomendação da EBC ou do autor de que qualquer investimento, título, transação ou estratégia de investimento em particular seja adequado para qualquer pessoa específica.


Fontes:

[1] https://announcements.asx.com.au/asxpdf/20250730/pdf/06mb398zs47x5w.pdf 

[2] https://blogs.worldbank.org/en/opendata/metal-prices-poised-to-strengthen-further 

[3] https://www.riotinto.com/en/news/releases/2025/stronger-sharper-and-simpler-rio-tinto-to-deliver-leading-returns