Publicado em: 2025-11-11
O ETF iShares MSCI China (código MCHI) oferece aos investidores uma ampla porta de entrada para o mercado de ações chinês. Com ativos líquidos de aproximadamente US$ 8,16 bilhões em 7 de novembro de 2025, o fundo representa uma das formas mais líquidas para investidores internacionais obterem exposição a ações chinesas de grande e média capitalização.
À medida que a economia chinesa continua a evoluir e a enfrentar tanto oportunidades como desafios, o MCHI ETF oferece uma ferramenta valiosa para quem procura investir em ações chinesas num formato estruturado. Este artigo irá explorar a sua estrutura, a lógica de investimento, os riscos, os fatores de desempenho, o posicionamento em relação aos seus pares, os cenários de perspectiva e as considerações práticas de negociação.

O MCHI ETF é gerido pela BlackRock sob a marca iShares e foi lançado em 29 de março de 2011. Ele replica o índice MSCI China, que visa representar o desempenho de empresas chinesas de grande e média capitalização disponíveis para investidores internacionais.
Aqui estão algumas das principais características:
| Métrica | Valor / Detalhe |
|---|---|
| Índice de despesas | 0,59% ao ano. |
| Total de ativos sob gestão (AUM) | Aproximadamente US$ 8,16 bilhões em 7 de novembro de 2025. |
| Número de participações | Aproximadamente 555 participações no início de novembro de 2025. |
| Principais participações | Por exemplo, a Tencent Holdings (aproximadamente 16-18%) e o Alibaba Group (aproximadamente 8-12%) estão entre as empresas com maior participação. |
As exposições setoriais e geográficas são amplamente diversificadas no segmento de grandes e médias empresas listadas na China, embora as principais participações possam dominar a ponderação.
A grande base de ativos e o amplo perfil diversificado do fundo fazem dele um veículo útil para obter exposição à China. No entanto, é preciso estar atento aos custos, à liquidez, ao erro de rastreamento e ao risco de país/setor ao utilizá-lo.

Existem vários motivos pelos quais um investidor pode escolher o ETF MCHI:
Oportunidade de crescimento:
A China continua sendo a segunda maior economia do mundo e abriga muitas grandes empresas que participam da inovação tecnológica, do crescimento da internet e do consumo, e da expansão do mercado interno.
Diversificação:
Ao incluir ações chinesas por meio de um ETF como o MCHI, um portfólio pode obter exposição específica ao país, que pode ter baixa correlação com os mercados desenvolvidos.
Ferramenta tática ou estratégica:
Os investidores podem usar o MCHI para uma inclinação estratégica de longo prazo em direção à China ou como uma forma tática de acessar ações chinesas quando as condições forem favoráveis.
Benefícios de liquidez e estrutura:
Como um ETF listado na NASDAQ, o MCHI oferece negociação intradiária, transparência nas participações e custo relativamente modesto (para os padrões de ETFs chineses) em comparação com alternativas de nicho.
Esses atributos tornam o produto potencialmente atraente para investidores dispostos a aceitar maior volatilidade em troca de exposição a ações chinesas.
Investir através da MCHI envolve diversos riscos que merecem uma análise cuidadosa:
Riscos macroeconômicos:
O crescimento da China desacelerou nos últimos anos em comparação com seu ritmo histórico. Riscos como a crise no setor imobiliário, as dificuldades demográficas e a menor demanda interna podem afetar as empresas que compõem o índice.
Riscos regulatórios e geopolíticos:
As empresas chinesas estão sujeitas à regulamentação interna e a pressões geopolíticas externas (por exemplo, as relações EUA-China). Um choque na regulamentação ou nas relações comerciais internacionais poderia depreciar as avaliações.
Risco de concentração:
Embora o ETF possua centenas de ativos, as principais empresas (como Tencent e Alibaba) representam uma parcela substancial dos ativos. Essa concentração aumenta o risco idiossincrático.
Risco cambial e de liquidez:
Os investidores da MCHI estão expostos à taxa de câmbio do renminbi (indiretamente) e podem enfrentar problemas de liquidez em situações de extrema tensão no mercado.
Risco de volatilidade e queda de desempenho:
Como mostra a tabela de retornos históricos, as ações chinesas (e, portanto, o MCHI) podem sofrer grandes quedas, como ocorreu em 2021-22.
Compreender esses riscos ajuda a definir expectativas realistas e a gerenciar a exposição da carteira.

Ao avaliar o MCHI, os investidores devem compará-lo com ETFs alternativos focados na China. A partir dos dados:
O MCHI possui uma taxa de despesas de 0,59%, que é competitiva, embora não seja a mais baixa no mercado de ETFs da China.
Em termos de ativos sob gestão (AUM), o MCHI (aproximadamente US$ 8 bilhões) é considerável, mas existem ETFs da China com bases de ativos maiores ou menores, dependendo de nichos de mercado (por exemplo, ações A da China, exclusivamente online).
Liquidez e negociabilidade: A listagem da MCHI na NASDAQ proporciona uma liquidez razoável, mas para negociações de grande porte ou em escala institucional, pode-se comparar o volume médio diário (ADV) e o spread.
Perfil de exposição: Como o MCHI acompanha um índice amplo, ele oferece exposição a empresas de grande e média capitalização em toda a China. Alguns concorrentes podem se concentrar mais especificamente em tecnologia chinesa ou em ações A chinesas, ou ter esquemas de ponderação diferentes.
Um investidor racional deve se perguntar: qual é o meu objetivo — ampla exposição ao mercado de ações chinês, aposta tática em tecnologia ou segmento de crescimento de nicho? Em seguida, escolha o ETF de acordo com esse objetivo. O MCHI é uma opção generalista robusta.

Em 2025, o mercado de ações chinês apresentou uma recuperação significativa após anos de fragilidade. De acordo com o YCharts, os ativos sob gestão (AUM) da MCHI atingiram cerca de US$ 8,159 bilhões em 7 de novembro de 2025.
Os dados de desempenho mostram que o retorno de 1 ano do MCHI é de aproximadamente +18,06% com base no valor patrimonial líquido (NAV), conforme a ficha informativa do fundo na última atualização.
Os principais catalisadores que impulsionam o desempenho do MCHI incluem:
Melhoria dos lucros corporativos na China, particularmente nos setores de tecnologia e internet.
Expectativas de estímulo governamental e sinais de flexibilização monetária na China.
Reavaliação das ações chinesas após um período prolongado de desempenho inferior em relação aos seus pares globais.
Diminuição das preocupações regulatórias em setores selecionados e retorno do fluxo de investidores.
Ao mesmo tempo, os fatores de risco permanecem ativos e incluem novas intervenções regulatórias, desaceleração macroeconômica, sentimento global de aversão ao risco ou tensões comerciais. Um artigo recente observou: "O mercado de ações da China está experimentando uma forte alta em 2025... o MCHI subiu quase 40% no acumulado do ano."
Do ponto de vista da avaliação, as participações da MCHI apresentam uma relação preço/valor patrimonial (P/VP) em torno de 1,86, de acordo com a ficha informativa do fundo. Já a relação preço/lucro (P/L) da carteira está em torno de 15,34, com base nos dados das participações.
Essas avaliações sugerem que, embora o fundo não seja obviamente barato em relação ao seu próprio histórico, ele ainda pode oferecer valor em comparação com ações de mercados desenvolvidos, especialmente considerando o potencial de crescimento da China.
Os analistas técnicos podem examinar padrões gráficos, níveis de suporte e resistência no próprio ETF e monitorar se o momentum está acelerando ou se estabilizando.

Aqui estão algumas maneiras práticas pelas quais os investidores podem usar o MCHI:
Alocação estratégica:
Como parte de um portfólio global de ações, uma alocação em MCHI proporciona exposição ao mercado acionário chinês. Essa alocação pode variar de uma participação modesta (por exemplo, 5 a 10% das ações) a uma ponderação estrutural maior, dependendo da convicção do investidor.
Alocação tática:
Investidores que esperam uma reflação ou reabertura na China podem considerar a MCHI como uma oportunidade de sobreponderação tática, visando capturar o potencial de valorização.
Estratégia de proteção/momento de entrada:
Como a exposição à China apresenta um risco maior, é prudente considerar o custo da proteção cambial, adotar medidas de stop-loss ou limites de posição e monitorar fluxos ou mudanças na regulamentação.
Considerações sobre o reequilíbrio:
Dado que o desempenho do MCHI pode ser volátil, o rebalanceamento periódico pode ser necessário para manter a exposição desejada ou para consolidar os ganhos.
Antes de investir, verifique o spread de compra e venda, os ativos sob gestão (AUM), o volume médio diário, as participações e a taxa de despesas do fundo para garantir que ele seja adequado.
Três cenários plausíveis para o futuro da MCHI são:
O crescimento moderado da China continua, os lucros melhoram e a MCHI atinge retornos anualizados na casa dos 15%. A China permanece uma história de crescimento estrutural, e o risco regulatório não aumenta.
A adoção acelerada de tecnologia, políticas governamentais favoráveis e forte demanda global pelas exportações chinesas geram retornos excepcionais. O MCHI (Índice de Capital de Mercado da China) cresce mais de 20 a 30% anualmente durante um determinado período.
O crescimento da China vacila, surgem choques regulatórios ou fluxos globais de aversão ao risco afetam primeiro a China. O MCHI sofre uma queda de 10 a 20% ou mais em um ano.
Os principais sinais a serem observados incluem dados do PIB e das exportações chinesas, anúncios políticos importantes de Pequim, surpresas nos resultados das principais empresas do setor e tendências de fluxo de fundos para ações chinesas.
O MCHI acompanha o índice MSCI China, que representa empresas de grande e média capitalização na China acessíveis a investidores internacionais.
O fundo cobra uma taxa de despesas de 0,59% ao ano.
Entre suas principais participações estão empresas como a Tencent Holdings e o Alibaba Group, que juntas representam uma parcela significativa da ponderação do fundo.
Os principais riscos incluem a desaceleração macroeconômica chinesa, intervenções regulatórias, concentração de mercado nas principais participações, risco cambial e eventos globais de aversão ao risco.
De acordo com a última ficha informativa disponível, o retorno de 1 ano sobre o NAV do fundo foi de aproximadamente +18,06%.
Pode ser adequado para ambos os casos, dependendo do objetivo do investidor. Para exposição de longo prazo a ações chinesas, é viável; para exposição tática de curto prazo, a maior volatilidade significa que o risco deve ser gerenciado ativamente.
O rendimento de distribuição acumulado nos últimos 12 meses do fundo foi de aproximadamente 2,24% em 31 de outubro de 2025.
A MCHI é negociada na NASDAQ sob o código MCHI. Os investidores devem verificar seus ativos líquidos, volume médio diário, spread de compra e venda, participações e taxa de despesas antes de investir.
O MCHI ETF oferece aos investidores uma forma ampla e relativamente econômica de obter exposição ao mercado de ações chinês. Suas vantagens incluem a diversificação em empresas de grande capitalização e crescimento na China, o acesso a um veículo de investimento substancial e líquido, e a possibilidade de utilizá-lo tanto para alocações estratégicas quanto táticas. Ao mesmo tempo, os investidores devem reconhecer e gerenciar os riscos específicos associados às ações chinesas, incluindo incertezas regulatórias, volatilidade macroeconômica e concentração de mercado.
Aviso: Este material destina-se apenas a fins informativos gerais e não constitui (nem deve ser considerado como) aconselhamento financeiro, de investimento ou de qualquer outra natureza que deva ser levado em consideração. Nenhuma opinião expressa neste material constitui uma recomendação da EBC ou do autor de que qualquer investimento, título, transação ou estratégia de investimento em particular seja adequado para qualquer pessoa específica.