O Dow Jones cai 0,37%, para 44.240,76, e o S&P 500 recua 0,07%, para 6.225,52, enquanto os mercados globais reagem às novas ameaças tarifárias dos EUA e à incerteza comercial contínua.
Os mercados de ações globais permaneceram voláteis em 9 de julho de 2025, com os principais índices dos EUA caindo à medida que os investidores assimilavam novas ameaças tarifárias de Washington e as persistentes tensões comerciais globais.
O Dow Jones Industrial Average e o S&P 500 registraram quedas modestas, enquanto o Nasdaq Composite registrou leve ganho. O sentimento de cautela refletiu a incerteza generalizada nos mercados globais, com os preços das commodities oscilando e os bancos centrais em foco.
Mercados dos EUA: Perdas modestas em meio a nervosismo tarifário
O índice Dow Jones Industrial Average caiu 165,60 pontos, ou 0,37%, fechando em 44.240,76. O S&P 500 recuou 4,46 pontos, ou 0,07%, fechando em 6.225,52. O Nasdaq Composite foi a exceção, subindo 5,94 pontos, ou 0,03%, para 20.418,46.
Os mercados americanos enfrentaram o segundo dia de quedas após o presidente Trump confirmar que novas tarifas — variando de 25% a 40% sobre importações de 14 países — entrariam em vigor a partir de 1º de agosto, sem novas prorrogações. O anúncio também incluiu uma taxa de 50% sobre as importações de cobre e a possibilidade de uma tarifa de 200% sobre produtos farmacêuticos, embora com um período de carência de 18 meses. Essas medidas aumentaram a cautela dos investidores, especialmente em setores expostos ao comércio global.
Produtores de cobre: os preços do cobre nos EUA subiram 10% após o anúncio da tarifa, elevando as ações dos principais produtores.
Produtos farmacêuticos: as ações farmacêuticas estavam voláteis, subindo inicialmente devido à especulação sobre isenções tarifárias, antes de reduzir os ganhos com a ameaça de tarifas altas.
Tecnologia: A resiliência do Nasdaq foi apoiada pela força contínua de grandes nomes de tecnologia, compensando a fraqueza mais ampla do mercado.
Os índices europeus mostraram resiliência apesar das notícias sobre tarifas americanas. O DAX da Alemanha subiu 0,55%, para 24.206,91, o FTSE 100 do Reino Unido avançou 0,54%, para 8.854,18, e o CAC 40 da França avançou 0,56%, para 7.766,71. As ações de defesa europeias atingiram máximas recordes, com os investidores buscando segurança em meio à incerteza geopolítica.
Na Ásia, o desempenho do mercado foi misto:
Nikkei 225: Abriu em 39.942,80, alta de 0,64%.
Hang Seng: Abriu em 24.061,08, queda de 0,36%.
Shanghai Composite: abriu em 3.498,72, alta de 0,04%.
KOSPI: Abriu em 3.123,22, alta de 0,27%.
As ações australianas caíram, com o S&P/ASX 200 abrindo em 8.565,30, queda de 0,30%, já que a manutenção da taxa de juros pelo Reserve Bank of Australia e os riscos do comércio global pesaram sobre o sentimento.
Malásia: O Banco Negara Malaysia cortou sua taxa básica para 2,75%, a primeira redução em cinco anos, citando crescimento mais fraco e riscos comerciais globais.
Austrália: O RBA manteve as taxas estáveis em 3,85%, surpreendendo alguns analistas e apoiando o dólar australiano.
EUA: Os investidores aguardavam a divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) e o início da temporada de resultados do segundo trimestre, com a Delta Air Lines pronta para divulgar o relatório primeiro.
Cobre: Os contratos futuros de cobre dos EUA subiram mais de 10% com a notícia da tarifa de 50%.
Petróleo: Os preços permaneceram voláteis, com os investidores de olho nas próximas decisões de produção da OPEP+.
Dólar americano: O índice do dólar ficou próximo das mínimas de 3,5 anos, reforçando algum apetite ao risco, mas aumentando a volatilidade nas moedas dos mercados emergentes.
O clima do mercado global permanece frágil, com os investidores avaliando o impacto das mudanças na política comercial dos EUA, das ações dos bancos centrais e da divulgação de dados econômicos importantes. A confirmação do prazo tarifário de 1º de agosto e a amplitude das novas taxas injetaram novas incertezas, levando a um posicionamento defensivo em setores como defesa e commodities.
Olhando para o futuro, os mercados se concentrarão em:
O resultado das negociações comerciais em andamento e quaisquer mudanças políticas futuras de Washington.
Relatórios de lucros corporativos, especialmente em setores expostos a tarifas e cadeias de suprimentos globais.
Comunicações dos bancos centrais, especialmente do Federal Reserve dos EUA e do Banco Central Europeu, à medida que os riscos de inflação e crescimento evoluem.
O Dow Jones e o S&P 500 recuaram em 9 de julho de 2025, refletindo um tom cauteloso nos mercados globais, com novas tarifas americanas e tensões comerciais persistentes pesando sobre o sentimento. Embora alguns índices tenham registrado ganhos modestos, a perspectiva mais ampla permanece obscurecida pela incerteza política e por ventos macroeconômicos contrários. Os investidores provavelmente permanecerão vigilantes ao longo do segundo semestre do ano, com o comércio, os lucros e a política do banco central em foco.
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O par GBP/USD se mantém próximo de 1,3600 em meio às novas ameaças tarifárias de Trump e ao aumento dos rendimentos dos títulos públicos do Reino Unido, com os mercados aguardando dados importantes do Reino Unido e as atas do Fed.
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